segunda-feira, 7 de junho de 2010

Noite de insónia desconexa

Insónia.
Calma? Não! Acelerada. Sim! Vou num comboio tão rápido para um qualquer lado, que não vislumbro paisagem pela janela. Apenas um esborratado de cores tal é a velocidade.

Sinto-me uma personagem num filme do Woody Allen em fast forward! Introspectivo a cem à hora. Nada faz muito sentido, ou se o faz neste momento escapa-me à inteligência.

Valha-me a tv cabo, com a sua mediocridade repetitiva. Faz-me sentir que o tempo não passa na realidade.

Acho que as outras pessoas não pensam tanto na vida nem analisam tanto as coisas como eu. Acho que são infinitamente mais felizes, porque o são despreocupadas das questões mais profundas da existência. Ou se não o são fingem-no muito bem, ou então são tremendamente hipócritas.

Aquilo que durante tantos anos encarei como vantagem e que achava que me destiguia em relação aos que me rodeiam, a minha percepção e capacidade de análise, volta-se então contra mim da pior maneira, virando-me contra mim próprio.

É tempo de me sabotar e cortar o fio. Desacelerar e viver a vida calmamente e ver nítida a paisagem. É isto que quero. Só tenho de descobrir como o fazer. Como chegar ao Maquinista. E depô-lo!

2 comentários:

João Roque disse...

Hummm, depor o Maquinista????
Cada vez mais o mundo vive em automatização, demasiada!
Tenta apenas compreendê-lo e aceitá-lo...

Pedro disse...

Percebi a tua linha de raciocínio. Quando chegar à locomotiva primeira abordarei a questão então doutra maneira:)